Completo. Lê-se de cima para baixo

30º dia – Domingo – dia de descanso

Fui atacado por melgas e percevejos!
Pensando que fossem 16 horas, quando me levantei, eram só 11 ou 12. Nunca sei ao certo, pois os tipos têm duas horas diferentes.

Fui dar uma volta de bicicleta emprestada pelo patrão. Andei uns 8 km. O mar fica a 2 km daqui, com praias, ostras, um portinho colorido e uma capela moder­na, muito curiosa. Triangular. Assim:




A capela é baixinha, muito acolhedora e o tecto é todo suportado por imensas vigas de madeira que formam um emaranhado bonito.

Com isto tudo, cheguei atrasado ao almoço que foi de festa. Além da entrada de pedacinhos de carne, ovo, batata e tomate, houve pato com batatas fritas, pudim, bolo seco caseiro, vinho espumoso da casa, cigarrilha e café com brandy. Não me posso queixar!

Apesar de o patrão me ter dado à escolha uma mobylette ou uma bicicleta para passear, foi nesta que fui dar uma grande volta de uns 20 km pela ilha. É muito girinha, cheia de vinhas e pastos verdes com vacas, tudo mui­to calmo, sossegado, excepto pelos tiros dos caçadores, pois há imensos coelhos.
É agradável fazer assim uma volta tranquila, a co­mer uvas sempre que apetece, mas as minhas pernas já não estão muito habituadas a estas andanças, como dantes estavam.
Passei pela casa do padeiro – não havia ninguém. Dei a volta, entrei para o quintal e vi que tinham almoçado 5 pessoas. Pobre padeiro, bem pode montar um restaurante!

Li um pedaço do livro do Lobsang Rampa. Que grande charlatão o gajo me saiu. Exprime uma dúzia de opi­niões pessoais e vende um montão de livros, pseudo-iniciáticos!

À noite, a seguir ao jantar, ficamos sempre um bocado a ver televisão.
Uma filha de Mr. Ricou, Josiane, é que faz as refeições, sempre caseiras, sempre agradáveis. Ontem, sem eu pedir, passou a ferro a roupa que eu tinha posto a enxugar!

Lá fora, chove. Ainda bem que é só de noite.

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